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Greve de universidades federais termina após 69 dias, mas na PB ainda depende; entenda
Nacional
Publicado em 24/06/2024

A greve dos professores das universidades federais terminou após 69 dias. Em assembleia neste domingo, 23, o Andes (Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior) informou que a maioria de suas instituições filiadas optou por acabar com a paralisação. Foram 33 votos a favor do encerramento do movimento e 22 contrários. Mas, na Paraíba não é simples assim. Na prática, uma assembleia está marcada para a quarta e quinta-feira para aprovar o fim da mobilização e a data de volta às aulas. A classe aceitou a proposta do governo de reajuste salarial somente a partir de 2025.

“Essa decisão do Andes foi a ratificação do que a UFPB e outras universidades decidiram ao longo da semana passada. Nós aqui aprovamos a continuidade da greve, porém com indicativo de saída unificada, assim como a UFCG. Essas decisões em assembleia foram encaminhadas ao Andes, que ontem fez o balanço de todas elas, de todas as seções sindicais, e decidiu que a maioria quer a saída do movimento. É como se o Andes dissesse: ‘ok, se a maioria quer, vamos sair da greve’. Mas, a decisão final é da base. Precisa da aprovação em cada universidade”, disse uma fonte próxima à ADUFPB (Associação dos Docentes da Universidade Federal da Paraíba – Seção João Pessoa).

O argumento para a decisão de descruzar os braços é a “intransigência” do governo Lula (PT) quanto às negociações salariais. Para os docentes, Brasília não iria conceder o reajuste pedido para este ano, e seguir sem aulas somente prejudicaria os estudantes.

Agora, o sindicato deve avisar sua deliberação ao Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos e assinar um acordo na quarta-feira, 26.

Parte dos servidores das universidades já havia decidido abandonar a greve na última semana. Até a noite de sexta-feira (21), docentes de instituições como UnB (Universidade de Brasília), UFPR (Universidade Federal do Paraná), UFRN (Universidade Federal do Rio Grande do Norte) e UFMA (Universidade Federal do Maranhão) e Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) decidiram retornar às salas de aula.

Da redação

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