A Polícia Federal deflagrou hoje a Operação Livre Arbítrio, com o cumprimento de sete Mandados de Busca e Apreensão, bem como medidas cautelares diversas da prisão, objetivando investigar a influência de uma facção criminosa no pleito municipal de João Pessoa. A investigação conta com o apoio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado – GAECO/PB.
Um dos alvos foi o presidente da Câmara de João Pessoa, Dinho Dowsley (PSD), que teve três mandados cumpridos em sua residência. Os demais foram contra Pollyanna Monteiro Dantas dos Santos e Taciana Batista do Nascimento, presas na segunda fase da Operação Território Livre e um outro mandado foi contra Josevaldo Gomes da Silva, conselheiro tutelar que foi alvo de busca na primeira fase da Território Livre. Todos que sofreram buscas vão ser submetidos a monitoramento eletrônico.
Ao vereador Dinho também também foram impostas as seguintes medidas cautelares:
– Proibição de frequentar o bairro São José e Alto do Mateus
– Proibição de frequentar órgãos públicos ligados ao município de João Pessoa, em especial a prefeitura municipal de João Pessoa
– Proibição de manter contato com os demais investigados
– Proibição de ausentar-se da comarca de João Pessoa por mais de 8 dias sem comunicar ao Juízo
– Recolhimento domiciliar no período noturno e nos dias de folga das 20h as 06h
– Suspensão do exercício da função pública
A Polícia Federal afirma que o esquema funcionava através de ameaças, controle de território e coação para o voto, os investigados teriam exercido influência no pleito eleitoral. Os crimes investigados são: constituição de organização criminosa, uso de violência para coagir o voto, ameaça, lavagem de dinheiro e peculato, dentre outros.
As diligências hoje realizadas visam obtenção de provas de materialidade e autoria que reforcem os elementos já colhidos durante a investigação policial, objetivando a responsabilização dos envolvidos pelos crimes eleitorais praticados.
Não haverá coletiva.
Outro lado – O presidente da Câmara Municipal de João Pessoa, Dinho Dowsley emitiu uma nota sobre os mandados e as medidas que lhe foram impostas. O texto é o seguinte: “Tenho sido alvo, nos últimos dias, de ilações maliciosas envolvendo meu nome com motivos meramente eleitoreiros. Tenho 20 anos de vida pública, com cinco mandatos dedicados à população de João Pessoa, sem nenhum processo, denúncia ou indiciamento. Sempre fui bem votado nos bairros da capital e tive meu trabalho referendado pela força da aprovação popular. No que se refere à atuação da Polícia Federal, relacionada à operação Território Livre, deixo claro que apoio à investigação e esclareço que me coloquei desde o início à disposição para explicações sobre eventuais citações levianas ao meu nome. Confio na Justiça dos homens e de Deus e estou certo de que ficará patente a minha inocência, já que não há qualquer envolvimento meu nos fatos investigados”.
Da redação