Câmara Federal - (Foto: Cleia Viana/Câmara dos Deputados)
Com a Câmara dos Deputados quase vazia, votações importantes devem ser avaliadas apenas após as eleições municipais, que devem ocorrer em outubro. Dentre os itens a serem votados, o Projeto de Emenda à Constituição que limita decisões do Supremo Tribunal Federal e o Projeto de Lei da Anistia aos presos dos atos de 8 de janeiro foram adiados.
Apoiadores da proposta não teriam votos para aprovar a inclusão do tema na pauta da Comissão de Constituição e Justiça. O texto, que defende o perdão aos mais de 200 condenados por envolvimento nos atos violentos de 8 de janeiro, teve a votação suspensa.
A presidente da CCJ, Caroline de Toni, chegou a reclamar do adiamento. Mas o PL, partido dela, também está envolvido nas negociações sobre a sucessão de Arthur Lira (Progressistas) usando o PL da Anistia como moeda de troca. Até o ex-presidente Jair Bolsonaro ligou para parlamentares pedindo voto favorável à anistia e, nos bastidores, ele afirma que o PL irá apoiar para a presidência na Câmara quem se comprometer em pautar o tema ano que vem.
Nesta quarta-feira (11), em almoço com parlamentares da base e oposição, Arthur Lira confirmou que apoio à candidatura do líder do Republicanos, Hugo Motta. Mas o nome não é consenso no Centrão. Apesar do apoio, Lira ainda vê o consenso sobre o nome do deputado ruir. O Centrão rachou.
A PEC que limita as decisões monocráticas dos ministros do STF também ficou para depois das eleições. A proposta já passou no Senado e é vista como reação do Congresso às decisões da Corte que desagradaram os parlamentares.
Da redação com BAND/UOL